segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Por trás da portaria

Certas profissões acabam conhecendo o lado mais, digamos, engraçado do dia-a-dia das pessoas, como os porteiros.




Era uma vez... um rapaz muito bem humorado e observador. Nascido em Viçosa, há 23 anos, Rodrigo José de Souza hoje trabalha como porteiro de um dos maiores prédios residenciais de Viçosa: o Edifício Tocqueville, na Avenida PH Rolfs.
Rodrigo mora com os pais no bairro Santa Clara. Bem cedinho, por volta das 6h30, pega sua moto e parte para seu trabalho. Certa vez, no seu trajeto diário, uma senhora foi atravessar a rua na faixa de pedestre, ele esperou, esperou, esperou, mas ela não atravessava. Quando então, ele resolveu arrancar com sua moto, a ilustre velhinha também teve a mesma idéia. Resultado: Rodrigo quase atropelou a pobre senhora.
Porteiro do Tocquenville há dois anos, Rodrigo já assistiu muitas histórias engraçadas e curiosas durante sua jornada de trabalho. O elevador é cenário de muitos desses casos. Mas, espere, não é essa história que você está pensando!!! Rodrigo contou que algumas pessoas que visitam os moradores ficam olhando o elevador, receosas, pensando se ele irá cair a qualquer momento. Outras, esperam que o elevador chegue por um milagre, sem apertar o botão. E ainda questionam, “Tem que apertar o botão? E quando chegar no andar que eu quero parar, ele vai parar?”. Há também, aqueles que excedem um pouco no álcool, e de tão tontos não conseguem subir a grande distância de 16 degraus que liga a portaria ao elevador. Os que conseguem a grande façanha de chegar ao elevador, não têm força suficiente para ficarem de pé e apertar o botão que os levará até sua confortável cama e dormem no próprio elevador.
Apesar de não ser sua principal meta, Rodrigo tem vontade de conhecer Fernando de Noronha, mas não planejou nada ainda, está deixando as coisas acontecerem. Ele vive o dia de hoje e gosta do seu trabalho, pois se diverte muito.
Solteiro, no fim de semana, Rodrigo sai para as baladas. Gosta também de ver TV, assistir filmes e ler jornal. Aos domingos, prefere descansar, porque, como ele próprio diz, “a segunda-feira é brava”.

5 comentários:

Carolina Reis disse...

Ótima idéia!!!! Adorei o blog de vocês e estarei esperando por mais histórias de gente como a gente, com muitas coisas pra contar. Parabéns!

Joséllio Carvalho disse...

Boa história! Parabéns!

Carlos d'Andréa disse...

Interessante personagem. Para os próximos, sugiro uma foto para ilustrar o depoimento e o uso de links para ampliar o acesso aos temas (Fernando de Noronha, por exemplo).

Débora Antunes disse...

Se vocês forem entrevistar os porteiros de cada prédio aposto que cada um terá uma história divertida para contar. No que eu morava antigamente tinha um que se sentia "o pai" dos moradores, ele questionava a hora que eu voltava da rua e um dia me deu um livro de auto ajuda.
Eu quero ver a história do Rogerinho e do Pango!!
:)

Gabi Maciel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.